1ª capacitação do GESTAR 2 no Ceará
A primeira etapa de formação do Gestar II aconteceu no colégio Batista Santos Dumont, em Fortaleza-CE. Nesta etapa estavam representantes de todas as cidades do Ceará. O encontro foi coordenado pelos tutores da UNB-Universidade de Brasília, em parceria com a SEDUC-Secretaria da Educação Básica do Estado do Ceará. De início tivemos alguns esclarecimentos a cerca do programa, referente a parte logística do GESTAR II. Programa este voltado para áreas de língua portuguesa e matemática do Ensino Fundamental II. Como, no decorrer do primeiro dia foram surgindo muitas dúvidas, houve no auditório da escola a apresentação do guia geral e tirou-se duvidas quanto a certificação, avaliação do cursista, portfólio, carga horária, memorial, oficinas, acompanhamento pedagógico, bolsa ( no caso do formador) e projeto. A nossa turma foi coordenada pelo professor Gilberto Paulino, que trabalhou de forma dinâmica e rápida os Tps 3,4 e 5. fizemos trabalhos em grupos e individual, leituras compartilhadas, muitas produções textual( no qual destaco meu memorial protéico), exibição de vídeos. Dentre as diversas atividades práticas recordo e devo destacar o sarau. Foi um momento bastante especial dessa formação, no qual houve muitas apresentações no pátio da escola.
Além de compartilharmos ansiedades, angustias, trocamos muitas experiências. Também ficamos cientes do compromisso assumido e firmado diante desse programa tão desafiador para todos nós que fazemos a educação cearense.
quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010
terça-feira, 9 de fevereiro de 2010
MINHAS MEMÓRIAS-JÔ
Memorial
Eu – Joana
Nasci na “terra do sol”, mas especificamente em Fortaleza-CE, porém para todos os efeitos sou alcantarense, pois vim com alguns meses e já moro nessa cidade há 32 anos localizada na zona norte, serra da Meruoca. Sou a mais nova das quatro mulheres e tenho mais dois irmãos, todos filhos de um mesmo casal de cearense. Chamo-me Joana em homenagem a minha querida avó que se chamava Joana também.
Recordo muito da minha educação infantil, da tia Luzia que até hoje continuo chamando de tia. Era simplesmente mágico aquele tempo, lembro-me das massas de modelar, das petecas coloridas e de todos os materiais que a “escolinha” recebia. Como eram fantásticos os brinquedos criados pela tia feitos de caixa de remédio e de caixa de fósforos. Essas caixinhas eram levadas por nos, as crianças. Lembro-me do casamento “de mentirinha”, realizado na “escolinha”, da qual eu era a noiva. Ah! Também não posso deixar de mencionar o teatrinho que a tia realizava com os “bonecos”.
Mas em contra partida tive outro momento com outra professora terrível, que até hoje procuro esquecer. Posso dizer que se tratava de uma verdadeira “bruxa” daqueles dos contos de fada. Não lembro de ter aprendido nada naquela época.
Fiz o ensino fundamental I, na escola Francisco Reinaldo de Maria, no destrito de Ventura. E conclui-o aos 14 anos, fora da faixa etária. O ensino fundamental II cursei no centro educacional Inocência Alcântara Freire, na sede. Passei três anos andando 2 quilômetros até chegar na escola, pegando chuva e muito sol. Ás vezes vinha sem almoçar e sofri muito. Recordo muito do primeiro dia, nessa escola, da professora Zenélia, professora de português. Ela era muito alegre, extrovertida, inspirei-me muito nela. Apenas no ultimo ano do ensino fundamental é que tivemos carro, ou melhor, deslocamento para pegar e deixar.
Por conta das necessidades, dificuldades financeiras da minha família e já com 17 anos fui embora para São Paulo, trabalhar no hotel Sambaqui, no litoral norte de São Paulo, em São Sebastião na praia de Juréia. Lá cursei os dois primeiros anos do ensino médio e parte do 3º ano.
Após dois anos e sete meses, retornei ao Ceará, para Alcântaras, definitivamente. Quando cheguei fiquei muito desestimulada para concluir o ensino médio, na escola Inocência Alcântara Freire. Agora sem emprego e sem muita expectativa e sem perspectivas. Não prestei vestibular, embora todos os meus colegas tivessem prestado. Mas fiz o 1º concurso público do município de Alcântaras, em 1997, aos 20 anos.
Mesmo tendo feito o concurso e o resultado ainda não divulgado, resolvi ir para Brasília, mas só passei um mês por lá. Chegando em Alcântaras, assumi meu cargo de professora polivalente e no meio do ano de 1998 prestei vestibular para letras e passei. Foi uma das melhores experiências da vida escolar. Após dois anos em sala de aula e cursando letras, resolvi cursar também pedagogia pela Universidade Estadual Vale do Acaraú UVA. Cursei dois cursos ao mesmo tempo; um noturno e outro no período de férias e aos sábados (em regime especial). Nesse mesmo período por volta de 2000, assumi o proformação – Programa de habilitação dos professores leigos, ao nível do ensino médio – normalista. Esse curso durou dois anos e foi muito desgastante e gratificante; professores sem ensino fundamental completo saíram com nível de ensino médio e deixaram de ser leigos foi m belo desafio concluído ao final de 2001, juntamente com o curso de pedagogia com Regime Especial. Em 2002 assumi a função de coordenadora pedagógica, na secretaria de Educação de Alcântaras. Fiquei dois anos nessa função, não achei uma experiência muito boa, hoje já não assumiria, mas tal função. Durante esse período fiz um curso de extensão em gestão escolar-“o progestão”, realizado pela UNB.
No final de 2003, por causa do trabalho do meu esposo, fomos morar em Tocantins, região Norte do país. Viajamos com uma filha de um mês e a viagem durou dois dias. Em Tocantins trabalhei apenas no primeiro ano, lecionando para uma turma de Normal Superior pelo Instituto.
Dei aula de quatro disciplinas para as duas turmas que funcionava uma durante a semana e outra aos sábados. Foi uma bela experiência.
Devido ao prazo que finalizava do meu pedido de afastamento do serviço, tive que retornar a Alcântaras-CE em 2006, para assumir o meu cargo de professora fui lotada na escola onde estudava Inocência Alcântara Freire-EEF-para lecionar língua portuguesa e nesse mesmo ano fiz novamente o concurso público para mais 100 hs, sendo chamado no segundo semestre do mesmo ano. Há quatro anos trabalho nessa escola e há um ano, mais ou menos, fui comunicada pelo secretário de Educação que iria assumir e ficar responsável por um programa de formação continuada, voltada para o ensino fundamental II-língua portuguesa, o GESTAR II, tendo a primeira formação em junho de 2009, em Fortaleza-CE.
Eu – Joana
Nasci na “terra do sol”, mas especificamente em Fortaleza-CE, porém para todos os efeitos sou alcantarense, pois vim com alguns meses e já moro nessa cidade há 32 anos localizada na zona norte, serra da Meruoca. Sou a mais nova das quatro mulheres e tenho mais dois irmãos, todos filhos de um mesmo casal de cearense. Chamo-me Joana em homenagem a minha querida avó que se chamava Joana também.
Recordo muito da minha educação infantil, da tia Luzia que até hoje continuo chamando de tia. Era simplesmente mágico aquele tempo, lembro-me das massas de modelar, das petecas coloridas e de todos os materiais que a “escolinha” recebia. Como eram fantásticos os brinquedos criados pela tia feitos de caixa de remédio e de caixa de fósforos. Essas caixinhas eram levadas por nos, as crianças. Lembro-me do casamento “de mentirinha”, realizado na “escolinha”, da qual eu era a noiva. Ah! Também não posso deixar de mencionar o teatrinho que a tia realizava com os “bonecos”.
Mas em contra partida tive outro momento com outra professora terrível, que até hoje procuro esquecer. Posso dizer que se tratava de uma verdadeira “bruxa” daqueles dos contos de fada. Não lembro de ter aprendido nada naquela época.
Fiz o ensino fundamental I, na escola Francisco Reinaldo de Maria, no destrito de Ventura. E conclui-o aos 14 anos, fora da faixa etária. O ensino fundamental II cursei no centro educacional Inocência Alcântara Freire, na sede. Passei três anos andando 2 quilômetros até chegar na escola, pegando chuva e muito sol. Ás vezes vinha sem almoçar e sofri muito. Recordo muito do primeiro dia, nessa escola, da professora Zenélia, professora de português. Ela era muito alegre, extrovertida, inspirei-me muito nela. Apenas no ultimo ano do ensino fundamental é que tivemos carro, ou melhor, deslocamento para pegar e deixar.
Por conta das necessidades, dificuldades financeiras da minha família e já com 17 anos fui embora para São Paulo, trabalhar no hotel Sambaqui, no litoral norte de São Paulo, em São Sebastião na praia de Juréia. Lá cursei os dois primeiros anos do ensino médio e parte do 3º ano.
Após dois anos e sete meses, retornei ao Ceará, para Alcântaras, definitivamente. Quando cheguei fiquei muito desestimulada para concluir o ensino médio, na escola Inocência Alcântara Freire. Agora sem emprego e sem muita expectativa e sem perspectivas. Não prestei vestibular, embora todos os meus colegas tivessem prestado. Mas fiz o 1º concurso público do município de Alcântaras, em 1997, aos 20 anos.
Mesmo tendo feito o concurso e o resultado ainda não divulgado, resolvi ir para Brasília, mas só passei um mês por lá. Chegando em Alcântaras, assumi meu cargo de professora polivalente e no meio do ano de 1998 prestei vestibular para letras e passei. Foi uma das melhores experiências da vida escolar. Após dois anos em sala de aula e cursando letras, resolvi cursar também pedagogia pela Universidade Estadual Vale do Acaraú UVA. Cursei dois cursos ao mesmo tempo; um noturno e outro no período de férias e aos sábados (em regime especial). Nesse mesmo período por volta de 2000, assumi o proformação – Programa de habilitação dos professores leigos, ao nível do ensino médio – normalista. Esse curso durou dois anos e foi muito desgastante e gratificante; professores sem ensino fundamental completo saíram com nível de ensino médio e deixaram de ser leigos foi m belo desafio concluído ao final de 2001, juntamente com o curso de pedagogia com Regime Especial. Em 2002 assumi a função de coordenadora pedagógica, na secretaria de Educação de Alcântaras. Fiquei dois anos nessa função, não achei uma experiência muito boa, hoje já não assumiria, mas tal função. Durante esse período fiz um curso de extensão em gestão escolar-“o progestão”, realizado pela UNB.
No final de 2003, por causa do trabalho do meu esposo, fomos morar em Tocantins, região Norte do país. Viajamos com uma filha de um mês e a viagem durou dois dias. Em Tocantins trabalhei apenas no primeiro ano, lecionando para uma turma de Normal Superior pelo Instituto.
Dei aula de quatro disciplinas para as duas turmas que funcionava uma durante a semana e outra aos sábados. Foi uma bela experiência.
Devido ao prazo que finalizava do meu pedido de afastamento do serviço, tive que retornar a Alcântaras-CE em 2006, para assumir o meu cargo de professora fui lotada na escola onde estudava Inocência Alcântara Freire-EEF-para lecionar língua portuguesa e nesse mesmo ano fiz novamente o concurso público para mais 100 hs, sendo chamado no segundo semestre do mesmo ano. Há quatro anos trabalho nessa escola e há um ano, mais ou menos, fui comunicada pelo secretário de Educação que iria assumir e ficar responsável por um programa de formação continuada, voltada para o ensino fundamental II-língua portuguesa, o GESTAR II, tendo a primeira formação em junho de 2009, em Fortaleza-CE.
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